segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Normandia

No sábado, mais um sonho meu foi realizado. Eu fui conhecer a região da Normandia, noroeste da França, onde os soldados aliados desembarcaram no famoso Dia D, e partiram para a reconquista da Europa, até então dominada pelos nazistas.

A guia de turismo foi me buscar no hotel às 06:15h de taxi, e fomos ao escritório da agência buscar a van. O passeio foi legal, porque eu pude admirar a cidade enquanto ela ainda estava apagada. Passamos pela Notre Dame, pelo Sena, pela Champs Elysées e pela torre, totalmente apagada. Eu nunca pensei que um dia fosse andar em um taxi que o carro fosse uma Mercedes de mais de R$ 150.000,00.

Fomos buscar os outros passageiros, 3 casais de americanos, na faixa dos 70 anos, e todos ricos, hospedados em hotéis de 350,00 euros a diária. Eles tinham motivos muito fortes para fazer o passeio, pois 2 eram ex-militares, e o pai do terceiro era veterano da Segunda Guerra. Foi uma experiência muito boa, trocar idéias com pessoas que gostam tanto ou mais de guerra quanto eu, e sabem muito sobre o assunto.

A nossa guia era uma francesa, e eu demorei um pouco para me acostumar com o sotaque do inglês dela. Um fato interessante que aconteceu foi quando eu perguntei qual era o sentimento do povo francês em relação aos alemães. Ela me respondeu que a geração dela não tem nada contra eles, porque não sofreram na pele as dores do período de invasão. Eu respondi então que não entendia porque eles não gostam dos ingleses, principalmente porque se não fosse por eles e pelos americanos, ela hoje falaria alemão. Ela não gostou do que eu disse, e disse que eles não odeiam os ingleses. Todo mundo sabe que isso é mentira, e um dos americanos depois veio falar comigo que concorda com o meu ponto de vista.

O passeio foi extraordinário. Acho que mesmo que eu viva mil anos, não vou ter outra aula de história tão viva. Começamos a jornada por Point du Hoc, que fica em Omaha Beach, o ponto mais difícil de ser tomado no Dia D. Estando lá, é difícil imaginar como os americanos conseguiram tomar aquele lugar vindos do mar, por causa da geografia do local, de penhascos ao invés de praias. Depois, passamos pelo cemitério e museu dos americanos, ainda na região de Omaha.

A pausa para o almoço foi um momento único. A nossa reserva era em um restaurante típico da França, muito chique, e com uma comida e vinho excelentes. Acho que o almoço lá não sai por menos de 80,00 euros.

Depois, fomos a Arromanches, onde existe um cinema em 360º, com um filme sobre a guerra. O cinema é muito high-tec, a platéia parece estar em um video-game gigante. Encerramos o dia em Juno Beach, uma praia que foi tomada pelos canadenses, e que posteriormente serviu de desembarque de ilustres na França, como o General Charles de Gaulle, e o General Eisenhower. O passeio me custou quase uma viagem a Buenos Aires, mas foi uma das melhores coisas que eu fiz nessas férias.

ps: Se repararem, eu voltei a usar acentuação nos textos. Como é bom estar em casa...

2 comentários:

  1. Que maneiro! Bom saber que terminou super bem, né???

    Que ótima a viagem!!! Imagino que bacana deve ter sido! Sua satisfação é quase palpável!

    E é bom saber que você está de vota!


    Beijocas!

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  2. Oi Vinicius,

    Lembro de ter ouvido essa história do teu dia, lá, em Paris rs. Realmente deve ser um lugar incrível. Agora eu é que quero conhecê-lo um dia.
    Gostei do teu blog.

    Alexandra

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